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Geopoética

Entende-se como Geopoética a intensidade da percepção relacional entre o ser humano e o meio ambiente [natural (biótico e abiótico) e artificial (urbis)].

A geopoética propõe uma nova fundação, uma nova maneira de pensar e sentir o mundo, valorizando a percepção estética, a experiência direta e o vínculo profundo com a terra, a paisagem e o ambiente.

A geopoética enfatiza o potencial criativo que emerge do encontro entre o ser humano e o mundo natural. Nesse sentido, a geopoética não se limita apenas ao campo da poesia tradicional, mas abrange uma abordagem mais ampla da criação artística e intelectual, que inclui a filosofia, a ciência exata e outras formas de expressão cultural.

A geopoética é uma teoria prática transdisciplinar aplicável a todas as áreas da vida e da pesquisa, que visa restaurar e enriquecer a relação homem-terra há muito quebrada – com as conhecidas consequências ecológicas, psicológicas, intelectuais e sociais, desenvolvendo assim novas perspectivas existenciais em um mundo aberto.

Kenneth White

Paisagens Culturais

A paisagem cultural é um conceito que ressalta a importância da interação entre o ser humano e a natureza no desenvolvimento de paisagens com valor histórico e cultural. Reflete a transformação de uma sociedade e seu modo de vida moldadas pela cultura, história, crenças e práticas de uma comunidade num determinado território.

Existem três conceitos principais de paisagens culturais, amplamente utilizados em estudos de preservação e planejamento territorial pela UNESCO:

Paisagens Claramente Definidas

Áreas planejadas e projetadas pela intervenção humana, como jardins, parques ou áreas agrícolas.

Paisagens Evolutivas

Áreas que evoluíram por meio de atividades humanas e refletem uma continuidade de uso, como áreas agrícolas ou pastoris.

Paisagens Associativas

Lugares que têm uma forte associação cultural ou religiosa, mesmo que não apresentem modificações físicas evidentes.

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